O Agrupamento de Escolas do Forte da Casa pretende intervir junto dos seus alunos dos cursos profissionais, sobretudo entre os que, revelam situações sociais e económicas desfavorecidas e que limitam à partida a sua posição no acesso ao mercado de trabalho. Este plano insere-se nas Metas Europeias para a Educação e Formação 2020, nomeadamente, ações que promovam a participação de pessoas oriundas de grupos desfavorecidos e com menos oportunidades e/ou com necessidades
especiais, para aumentar a igualdade e inclusão com especial enfoque nos Estágios e Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Mas, mais que igualar as oportunidades, num meio onde os níveis socioeconómico são muito baixos, assim como as expetativas em termos de mercado de trabalho,
proporcionar um período de treino fora do habitual, poderá ter um efeito de “boosting” elevando expectativas, melhorando o nível de competências e aptidões essenciais adquiridas em contexto formal e, sobretudo, relativamente à aplicação de saberes e competências adquiridas e aplicação no mercado de trabalho, contribuindo para uma sociedade coesa, nomeadamente através de mais oportunidades de mobilidade para fins de aprendizagem e do reforço da cooperação entre o mundo da educação e formação e o mundo do trabalho.
O Plano europeu do AEFC para aos cursos profissionais e o agrupamento apresenta os seguintes objetivos:
- Contribuir para melhorar a qualidade e aumentar o volume de mobilidade de alunos nos diferentes Estados
- Melhorar a qualidade e aumentar o volume de parcerias entre escola/empresas nos Estados membros
- Incentivar a aprendizagem de línguas estrangeiras modernas
- Contactar em 1ª mão com contextos laborais distintos.
- Criar oportunidades laborais diferenciadas para os formandos sobretudo os que são oriundos de meios socioeconómicos desfavorecidos.
O presente plano passa por afetar uma parte significativa de um universo em via profissional e do qual 60% usufrui dos Serviços de Apoio Escolar.
O AEFC pretende promover melhorias em termos de qualidade, inovação, excelência e internacionalização, ao nível da nossa instituição, através do fomento da cooperação transnacional entre os organismos de educação e formação e outras partes interessadas, assim como melhorar o ensino e a aprendizagem das línguas, promover a diversidade linguística da UE e a sensibilidade para as diferentes culturas, sensibilizando os formandos e os seus contextos familiares para a criação de um espaço europeu de aprendizagem ao longo da vida, a que eles pertencem por direito.
Com esta candidatura pretende o AEFC implantar medidas e práticas que promovam o aumento da probabilidades de acesso ao mercado de trabalho e a inclusão na realidade europeia de alunos oriundos de meios desfavorecidos – com dificuldade em apreender o sentido da identidade europeia, demonstrando que a escola, o ensino formal e não formal e a formação contribuem para o seu sucesso académico, pessoal e laboral. As ações de FCT fora do território nacional obrigam ao desenvolvimento de soft skills necessárias para a integração em diversos ambientes e os projetos KA2 em curso no AEFC promovem o trabalho do desenvolvimento destas competências e aumentam a capacidade de comunicação. Pretendemos dar continuidade e estender a um outro nível da formação dos alunos a experiência iniciada com os projetos KA2.
Queremos proporcionar experiências significativas que, em outros contextos, contribuam para o sucesso dos nossos alunos através da pragmatização à escala europeia dos Currículos que frequentaram previamente e a FCT.
A valorização do ensino profissional implica considera-lo uma via de ensino com a mesma qualidade das demais e em plena igualdade com as vias tradicionais de prosseguimento de estudos. É profundamente errado considerar o ensino profissional uma “saída” de segunda classe da escolaridade ou um meio simples e de último recurso para o depósito de insucessos precoces. Os cursos profissionais não são caminhos secundários que seguem em diagonal – e nunca em paralelo – face à autoestrada do sucesso educativo.
Não podemos perder de vista o facto de que o panorama humano e o meio socioeconómico dos alunos do AEFC reflete as origens de famílias de diversos pontos do mundo, com o consequente desenraizamento social que advém das segundas gerações dos migrantes, em especial as famílias de origem africana, com desempregados de longa duração, pouco investimento na educação após a escolaridade obrigatória e contextos sociais e económicos frágeis. Para este público, o ensino profissional e as portas internacionais que pretendemos abrir revestem-se de especial importância.
Para além das competências adquiridas ao longo da formação, as organizações privilegiam a disponibilidade dos futuros colaboradores para desenvolverem novas competências. Esta atitude vai ao encontro da transversalidade de competências tão necessária para a eficácia organizacional e, também, à polivalência funcional tão promovida nas nossas organizações.